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Mª Joaquina Madeira - “A sociedade actual exige uma Ordem dos Assistentes Sociais

Artigo publicado no Jornal Público a 11 de Julho de 2018.




Apesar de ser uma profissão antiga, o seu trabalho em prol das pessoas e da sociedade não é suficientemente conhecido e, consequentemente, menos reconhecido.


A profissão de assistente social existe no nosso país há mais de 80 anos e ao longo deste percurso tem sabido adaptar-se às exigências do tempo, reformulando e recriando o exercício da actividade. Este trabalho tem sido fruto do investimento técnico e científico realizado, quer na formação académica, quer ao longo da vida profissional, aperfeiçoando a capacidade em conhecer e interpretar as necessidades sociais, sempre em mudança, e viabilizar respostas adequadas aos problemas emergentes, de forma humanamente consistente.


A defesa dos Direitos Humanos e a formação do bem-estar são pilares fundamentais para os profissionais de Serviço Social, na intervenção que fazem junto de todos os cidadãos, em qualquer idade, nomeadamente daqueles que estão em situação de maior vulnerabilidade social. Na verdade, o que caracteriza esta profissão é o seu inconformismo para com a injustiça social e a falta de oportunidades de muitos dos nossos concidadãos para construírem uma vida segura, digna, com autonomia e liberdade.


Por isso, a actividade profissional dos assistentes sociais desenvolve-se ao nível das políticas públicas, dos sistemas sociais, das organizações e serviços, tendo em vista as mudanças estruturais necessárias para responderem, com oportunidade e justiça social, aos problemas das pessoas e decorrentes da sua relação com a sociedade. Isto implica que os assistentes sociais actuem em vários contextos: administração central e regional, autarquias locais, empresas, IPSS e todo o sector da economia social, e em áreas de intervenção, como educação, saúde, trabalho, segurança social, cultura, ambiente e reabilitação.


Os assistentes sociais estão sempre na linha da frente dos processos sociais que envolvem pessoas em situação de perigo e/ou de risco social, qualquer que sejam as condições que experimentam, desde catástrofes naturais a desastres humanos ou situações de crise económica, como a que se viveu há pouco tempo no nosso país e que tendem a deixar marcas profundas caso não, cabalmente, respondidas.

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